Fiscalização de trânsito: radares de velocidade

   Quem nunca levou uma multa ou ouviu um amigo reclamar dos temidos pardais (como popularmente são conhecidos)? Esses radares estão por toda parte, e o objetivo é simplesmente controlar a velocidade nas vias e tentar deixar o trânsito mais seguro. Mas, afinal, como eles funcionam?

   Os radares são aparelhos eletrônicos que medem a velocidade dos carros que passam. Se o veículo ultrapassar o limite permitido, o radar registra automaticamente a infração. Simples assim! Depois disso, é só esperar aquela carta nada agradável chegar na sua casa.

   Esse assunto de radar sempre rende uma boa discussão de como realmente funciona e a forma de que é operado. Mas, no fim das contas, eles estão ali para evitar acidentes e salvar vidas.

Quais os tipos de radar de velocidade?

   Você já deve ter ouvido falar ou até mesmo ter sido autuado pelos diferentes tipos de radares de velocidade espalhados por aí, né? Mas você sabe como funciona um radar? Apesar de todos terem a mesma função, eles operam de jeitos diferentes. 

   Separamos aqui os principais modelos utilizados e como são utilizados:

  • Radar Fixo: Fica nos postes das vias e não precisa de ninguém operando. Ele mede a velocidade e tira uma foto de quem passa do limite, gerando assim a multa que vai direto para o documento do carro.  
  • Radar Estático: Parecido com o fixo, mas não é fixado na via. Geralmente, fica em suportes ou veículos estacionados, muitas vezes em lugares meio escondidos, tipo curvas. Também tira fotos e é muito usado pela PRF em épocas de grande movimento, como feriados e fim de ano.  
  • Radar Móvel: Esse anda junto com o veículo e mede a velocidade enquanto está em movimento, mas ele não tira fotos, apenas consegue registrar a velocidade de tal veículo. 
  • Radar Portátil: É aquele usado manualmente pelos agentes de trânsito. O agente aponta para o carro e mede a velocidade, mas, assim como o radar móvel, também não registra imagens.  

   E uma curiosidade importante, desde agosto de 2024, os radares móveis, estáticos e portáteis estão suspensos nas rodovias federais. Isso foi decidido pelo governo e já foi aprovado também, o que já está valendo..  

   Agora que você já sabe como funcionam, fica mais fácil entender e até recorrer, caso receba uma multa.

Como funcionam os radares de velocidade?

   Ao certo você já se perguntou como os radares sabem que você passou do limite de velocidade, ou como é feito exatamente essa medição. A tecnologia por trás deles é bem interessante de se analisar, por isso vamos te explicar como realmente isso funciona. 

   Separamos aqui uma explicação dos rapazes mais utilizados e seu funcionamento.

Radar Doppler

   Neste caso, o radar emite ondas de rádio que “batem” no carro e voltam. Quando você se aproxima, as ondas voltam mais rápidas; quando se afasta, mais lentas. O radar calcula essa diferença e, em segundos, já sabe a velocidade do veículo.  

Bobinas no Asfalto

   Esse aqui é mais comum nas cidades. As bobinas ficam enterradas no chão, em pares, e funcionam como sensores. Quando seu carro passa por elas, o sistema mede o tempo entre uma bobina e outra. A distância é dividida pelo tempo, e pronto: sua velocidade está calculada. Se passar do limite, um flash dispara e uma foto da placa é tirada.    

Como Evitar Problemas 

   Para se evitar multas e possíveis acidentes a dica é bem simples, basta respeitar o limite de velocidade das vias. Esses limites não foram colocados sem nenhum sentido, foram feitos diversos estudos na via para analisar a velocidade segura de se transitar, o tempo de percurso adequado e diversos outros fatores. Lembre-se, os limites de velocidade são colocados com o intuito de limitar a velocidade e prevenir acidentes que podem levar a sinistros de veículos, não para apenas te multar. 

   Para te ajudar ainda mais, faça Consulta pela placa de suas multas e se antecipe de qualquer surpresa desagradavel. 

Radar de velocidade média 

   Quando você está dirigindo em uma velocidade superior à permitida na via e sempre dá aquela reduzida na velocidade para não levar multa, fique bem atento pois essa prática está com os dias contados.

   Esse novo tipo de radar está sendo implementado é um radar de velocidade média, que funciona de um jeito diferente dos fixos e móveis. Em vez de pegar a velocidade no momento exato, eles calculam o tempo que você leva para atravessar um trecho entre dois pontos e, com isso, descobrem sua velocidade média. 

   Imagina que o limite da estrada é 100 km/h. Se você percorrer 1 km em menos de 1 minuto e 20 segundos, com certeza você será multado. Pois com o cálculo desses radares, para percorrer 1 km você demoraria pelo menos  1 minuto e 20 segundos. Isso porque esse tipo de radar obriga você a respeitar a velocidade ao longo de todo o trecho, e não só no ponto onde ele está instalado.  

   No começo do trajeto, uma câmera registra a placa do seu carro e o horário em que você passou. Mais à frente, outra câmera faz a mesma coisa. Com essas informações, o radar calcula o tempo que você levou e, daí, tira a velocidade média. 

Esse tipo de radar é super eficiente para evitar correria nas estradas e garantir mais segurança. Além de ajudar a reduzir acidentes, ele faz você dirigir dentro das regras e ainda evita aquela dor de cabeça com multas.

   A lógica por trás  dos radares  de velocidade média é bem direta e baseada em uma fórmula simples de física:

   Em outras palavras, a velocidade média é calculada ao dividir o deslocamento total pelo tempo total que o veículo levou para percorrer a distância entre dois pontos  monitorados. 

   Esse método é muito eficiente para identificar motoristas que não respeitam os limites de velocidade que a via tem,  pois leva em consideração um determinado trajeto inteiro e não somente no local que está o radar.

Excesso de velocidade, qual é o valor das multas?

   Tomar uma multa de velocidade nunca é legal, mas é bom saber como elas funcionam, porque os valores e as punições mudam dependendo de quanto você passou do limite permitido. 

   Veja os exemplos a seguir:  

   A regra utilizada é bem simples: quanto maior a velocidade acima do permitido, maior a consequência. E se você passou mais de 50% do limite, além do prejuízo financeiro, ainda corre o risco de perder a Carteira Nacional de Habilitação por um bom tempo. Vale lembrar que essas penalidades existem para evitar acidentes e proteger todo mundo no trânsito. 

É possível recorrer de multa por excesso de velocidade?

   Receber uma multa por excesso de velocidade nunca é legal, mas sabia que é possível recorrer, pois isso é um direito de todo cidadão e previsto no Artigo 286 do Código de Trânsito Brasileiro, caso a multa possa ter sido aplicada de maneira equivocada ou que contenha erros.  Com um pouco de atenção aos detalhes, dá para tentar reverter a situação.

   Separamos aqui alguns procedimentos a serem tomados para que seja possível realizar uma contestação da multa, desde que seja plausível e coerente, então vamos seguir com as dicas para te ajudar.

Detalhes da Multa

   O primeiro passo é checar todos os dados da notificação, como data, horário, local e até a placa do carro. Qualquer erro já pode ser usado para contestar. Além disso, o radar precisa estar com a certificação do Inmetro em dia, e a via tem que ter sinalização clara. Sem essas condições, a multa pode ser anulada.

Provas

   Se você acha que não estava acima do limite ou que nem estava naquele lugar na hora da multa, colete tudo que possa te ajudar: fotos, vídeos, testemunhas ou documentos que provem sua versão. 

Defesa prévia

   Essa é a primeira tentativa. Você apresenta sua defesa no órgão que aplicou a multa, preenchendo um formulário e anexando as provas. O prazo para isso é geralmente de 15 a 30 dias após receber a notificação.

JARI

   Se a defesa prévia for negada, ainda pode se ter uma segunda opção. O próximo passo é levar o caso para Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI). Aqui, você tem mais 30 dias para entrar com o recurso. A JARI vai analisar e, se o julgamento não sair dentro do prazo, a multa pode ser anulada.

CETRAN

   Se o recurso e a JARI não derem razão pra você, ainda dá pra recorrer ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN). Essa é a segunda instância e a última chance de anular a multa. É só seguir os prazos e anexar todas as provas novamente.

   Recorrer a uma multa dá trabalho, mas se você estiver certo e com boas provas, vale a pena! E não esqueça que os prazos podem variar de estado pra estado, então verifique os prazos no site do Detran da sua região.

Existe tolerância no radar de velocidade? 

   Sim, os radares de velocidade no Brasil existe sim uma tolerância de quilometragem, justamente porque eles não são 100% precisos. Essa “folga” foi criada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para evitar injustiças caso os aparelhos estejam com algum tipo de problema.  

   Essa margem existe para corrigir possíveis erros de medição dos aparelhos, apenas isso. Montamos uma tabela para te ajudar a entender melhor essa questão.

   Funciona da seguinte forma: se a velocidade máxima da via for até 100 km/h, o radar só vai registrar a multa se você passar 7 km/h acima do limite. Por exemplo, numa rua de 50 km/h, só será aplicada a multa se você passar a 57 km/h ou mais. Agora, se o limite da via for acima de 100 km/h, a tolerância é de 7% do limite. Então, numa rodovia de 110 km/h, o radar só vai multar quem estiver a 117,7 km/h ou mais.     A Work Data trabalha sempre para deixar você mais informado, caso tenha alguma dúvida, acesse o nosso Whatsapp  ou envie mensagem para o e-mail contato@workdata.info que sempre terá um time de atendimento pronto para te ajudar!

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